domingo, 24 de março de 2013

Um hímen pela moral e os bons costumes









Eu andei pensando no quanto eu mudei sobre assuntos relacionados ao sexo. Sempre fui uma pessoa que fala abertamente sobre isso e tenho uma visão naturalmente liberal sobre quaisquer assuntos que são tabus (ok, sexo deixou de ser tabu faz tempo) ou constrangedores para muita gente.
       Acho o moralismo exacerbado das pessoas realmente enfadonho. Cada um tem que aproveitar de seu livre arbítrio e decidir como deve viver; escolher o que é o certo e o errado por suas próprias perspectivas e, não por algo imposto e preconcebido/esperado de uma sociedade.

 Por que se guardar para a pessoa certa é a coisa certa a se fazer? As pessoas parecem se esquecer que a vida é curta demais para ficar se apegando a conceitos tão velhos quanto o mundo. Sempre fui romântica e apegada à ideias com um teor altamente não recomendável a diabéticos, no entanto, com o passar dos anos, fui percebendo que deixei de viver coisas, aproveitar momentos por motivos que realmente não são tão importantes quanto manter minha identidade e minha consciência tranquila. 
Uma vez eu considerava a minha virgindade um motivo de orgulho, mas então comecei a pensar: do que exatamente eu me orgulhava? De ter um grande autocontrole sobre meu corpo? Certo, isso é realmente legal, mas aí percebi que um hímen intacto não é, nem de perto, uma coisa a ser qualificada como motivo de orgulho.
De que vale ter um hímen intacto, sem, no entanto, ter nenhum senso de decência para sair jorrando merda pelos lábios e dedos ao falar mal e julgando pessoas por coisas superficiais que não lhe dizem respeito? Vale nada.
A gente só dá valor à esse tipo de coisa, porque desde sempre ouvimos falar que a mulher precisa se guardar, que a mulher precisa ser um exemplo de bons modos e o caralho a quatro; entre toda essa besteirada moralista, eu concordo apenas que, a mulher que é "dada" demais, deveria começar a repensar suas ações, mas não porque ela vai ficar com fama de puta, só pelo simples fato que essa mulher, provavelmente, tem uma péssima autoestima. Não se valoriza, não se ama, e por causa disso, precisa ficar se autoafirmando que é linda e gostosa o tempo todo, pra todo mundo.
Por isso eu digo: ame a vida, se ame, ame com seu corpo, se jogue, se aventure, se permita viver sem que a opinião de ninguém, além da sua consciência, lhe impeça de fazer algo que tenha vontade.
Erre, acerte, ouse, faça o que tiver que fazer, tendo sempre em vista, a conseqüência de qualquer ato. Tenha sempre em mente que você mesmo é o único culpado por suas ações; não o amigo, a família ou a sociedade. Apenas você.
Agora, veja bem, eu não estou aqui para fazer apologia à libertinagem (que também não tenho nada contra), nem para dizer que todos devem se livrar de seus ideais românticos; quero apenas propor à vocês um pensamento um pouco menos tendencioso. Devemos mesmo levar à risca tudo o que viemos aprendendo desde a tenra idade? O mundo muda, os costumes mudam e, consequentemente, as pessoas mudam. Nós mudamos, nós passamos a ter outras formas de pensar e se ou quando, isso entra em conflito com o que aprendemos desde sempre, será que devemos nos ater aos princípios sociais? Será que agimos do jeito que queremos ou do jeito que somos influenciados a querer?

PS: se houve alguém que não entendeu a frase da imagem: "nós vivemos em um mundo cheio de idiotas".
Isso é óbvio e de conhecimento geral, mas até nós, nos tornamos idiotas quando  deixamos que outras pessoas influenciem fortemente nosso modo de pensar e agir.




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