domingo, 10 de junho de 2012

Conto: Cedo demais.


[...] No domingo, ela se dedicou a um pouco de leitura e viu um filme, por volta de umas sete horas da noite seu celular tocou; era Daniel. Ela ficou feliz e atendeu entusiasmadamente.

         – Oi – ela cantarolou.
         – Oi, tudo bem?
         – Tudo sim, e você?
         – Estou bem
         – Que bom. Então, estava pensando... Você tem planos para hoje à noite?
         – Não... Por quê?
         – Tava pensando se eu não poderia dar uma passada aí... Se você não se importar, claro. Eu posso levar um filme se você quiser.
         – Ótimo, pode vir. Você traz o filme e eu faço a pipoca. Nada de filme de ação.
         – Pode deixar – ele riu – Eu vou passar na locadora e já vou, ok?
         – Ta bom, não demora.
         – Não vou. – ele prometeu.
         Ela desligou e foi fazer pipoca. Estava tão distraída que quando deu por si o interfone já estava tocando e ela nem tinha trocado de roupa. Ficara com um shorts e uma blusa de flanela do Homer Simpson o dia inteiro, os cabelos bagunçados e o rosto sem maquiagem. Ela mandou-o subir e penteou os cabelos, era o máximo que ela podia fazer.
         Quando ela abriu a porta com um sorriso tímido Daniel já foi entrando na maior comodidade, o que a surpreendeu um pouco, mas ela achou melhor assim. Ele estava de camiseta, uma bermuda larga e chinelos.
         – Aqui está – ele disse mostrando os filmes – Trouxe dois, espero que goste de algum. Aliás, você está linda de pijama – disse ele enquanto lhe olhava dos pés a cabeça com um sorrisinho no canto dos lábios
         – Oh, está ótimo. Eu queria muito ver esse filme. E er, obrigada. Eu meio que me esqueci de trocar de roupa – disse enquanto pegava de sua mão.
         – Que bom. A pipoca já está pronta?
         – Sim, eu vou pegar. Coloque o filme enquanto isso.
         – Você falou com Kate? – perguntou ele enquanto colocava o filme.
         – Não, por quê? – perguntou ela no quarto para pegar uma coberta para os dois.
         – Porque ela me ligou querendo falar com você. E eu dei o número do seu celular.
         – Ah, não. Eu não falei com ela... talvez não fosse tão importante.
     – Talvez – disse ele ao mesmo tempo em que abria os braços para que ela se aconchegasse ao seu lado.
         Ela suspirou e colocou a cabeça no seu peito. Ele a envolveu com os braços e eles ficaram em silencio a maior parte do filme, fazendo um ou outro comentário, comendo a pipoca e se abraçando, ele riu gentilmente e passou o dedo em sua bochecha quando ela chorou em determinada hora do filme. Após aproximadamente duas horas o filme acabou, ele pegou seu rosto nas mãos, virou para si e beijou-a lentamente.
         – Senti sua falta – disse ele enquanto tirava o cabelo de seu rosto.
         – Eu também – sussurrou com um sorriso. – O que fez de bom até hoje?
         – Nada demais... eu e Nancy ficamos jogando videogame – ele riu – e você?
         – Meu Deus – ela exclamou entre risadas – Um cara deste tamanho jogando videogame... bom, não se pode ser perfeito! Enfim, eu aproveitei para organizar tudo por aqui, responder e-mails, estudar, ler um pouco.. e só.
         – Só? Tenho certeza que você nem sentiu minha falta, só falou para ser simpática.
         – Deixa de ser idiota – disse ela dando-lhe um beijo no seu pescoço – Não é porque eu estava fazendo tudo isso que eu não pensava em outras coisas.    
         – Ah, então você pensou em mim? – perguntou ele sorrindo.
       – Só um pouquinho... – respondeu ela com um sorriso, mas logo ficou com a expressão mais séria apesar de haver humor no fundo de seus olhos – Eu estive pensando que sexta-feira acabou o seu trabalho de guia, você pode me deixar em paz a partir de amanhã.
      – Oh... – ele pareceu desconcertado e começou a se desvencilhar do abraço. – Desculpe... Eu pensei que... – ele se interrompeu constrangido e ela riu gentilmente enquanto o abraçava.
         – Eu estou brincando, Danny – sussurrou ela no seu ouvido. – mas agora que não temos mais a desculpa de que você era o meu guia as pessoas podem começar a falar... Mais do que já falam. E você sabe que eu não quero que pensem que eu vim para cá pra arranjar um namorado.
         – Sabe que não é assim, Em. – murmurou ele contra o seu cabelo – Nós vamos continuar como foi essa semana – como amigos. Nós somos amigos, não somos?
         – Somos... e por enquanto eu quero que todos pensem que não há nada por trás dessa amizade, por mais que desconfiem. Tudo bem pra você?
         – Se você quer assim, por mim tudo bem.
         – Obrigada – disse ela enquanto se erguia um pouco para poder beijá-lo.
         Ele a puxou mais para perto ao mesmo tempo em que se deitava e a colocava em cima dele. Ela se acomodou e continuou beijando-o, Daniel a abraçou fortemente, uma mão pressionada na base de suas costas e a outra se enlaçava em seus cabelos. Para Emily, beijar Daniel era como um abraço em um dia de inverno; prazeroso, quente, e aconchegante. Ela sentia o seu beijo da ponta do pé ao topo da cabeça – e em todos os lugares no meio.
          Emily começou a passar as mãos no peito de Daniel, e quando deu por si ela que estava sem blusa, não sabia como aquilo tinha acontecido, só sabia que estava empoleirada de sutiã e shorts em cima de seu corpo ofegante. Os braços de Daniel eram fortes e ela se sentia segura com ele abraçando-a. Ela sabia no que aquilo podia levar, mas não conseguia pensar direito, ele a incapacitava de ser coerente, os dois estava ofegantes, e os únicos momentos em que seus lábios se separavam era quando ele beijava se pescoço, ombros...
         De repente Daniel se virou de modo que ficasse por cima dela; quando fez isso ele começou a beijar seu pescoço, descendo... neste movimento Emily pegou na barra de sua camiseta e tirou-a, ele beijou ao redor de seu umbigo e foi subindo, refazendo a trilha de beijos.
Quando ele chegou aos seus lábios antes de sequer encostar ele olhou nos seus olhos verdes, eles se fitaram por um momento até que ele sorriu malicioso, ela retribuiu e alcançou seus lábios, mal o encostou ele afastou o rosto e sorriu novamente quando ela afundou as unhas nos seus braços e grunhiu em protesto à sua recusa de lhe beijar. Para lhe provocar, foi a vez dela sorrir com malícia enquanto descia suas mãos até chegar a base de suas costas e pressionar seus quadris contra o dela, a respiração dele saiu mais forte no seus rosto e ele se inclinou para beijá-la, e dessa vez ela virou o rosto, só para morder o seu queixo e subir até seus lábios.
Neste beijo parecia que ambos iam explodir numa fagulha elétrica que os ligava, com respiração alta, os corações pulsando em uníssono e os lábios movendo-se com sincronia. As mãos de ambos já passeavam com desenvoltura pelo corpo um do outro.
— Daniel — chamou Emily com voz fraca e ofegante.
— Emily — disse ele tão ofegante quando ela.
— Temos que... — ela se interrompeu e ficou olhando para os seus lábios, Daniel se aproveitou disso e beijou-a longamente, ela quase se esqueceu do que tinha a dizer, mas conseguiu se recuperar antes disso. — Daniel, nós não podemos continuar com isso... — ela disse isto, mas não conseguia fazer com que ele saísse de cima dela, não conseguia querer que ambos estivessem de camiseta.
— Eu acho que podemos... — murmurou ele contra seu pescoço enquanto a beijava impedindo-a de pensar direito.
Meio minuto depois ela não poderia dizer sobre o que falaram, tinha esquecido completamente. Daniel se aproveitou de seu esquecimento e fez uma exploração por sua cintura até chegar ao quadril, enquanto com sua boca abria seu sutiã que tinha fecho frontal. Instintivamente Emily inclinou seu peito em direção à sua boca. Daniel, brincou, lambeu e mordiscou seus mamilos fazendo Emily pensar que ficaria louca.
Enquanto fazia isso, ele passava a mão por sua cintura, seu quadril e coxa. Certo momento ele passava a mão em seu ventre, e desceu até chegar ao seu centro. Ele ficou com a mão lá, massageando suavemente até que ele parou e começou a tirar seu short, logo depois tirou o seu. Agora eram os dois seminus, Emily de calcinha e Daniel de cueca.
Quando Daniel se deitou sobre ela novamente Emily estava queimando, os dois estavam queimando, e mais uma vez ela pensou que fosse explodir. Daniel segurou suas mãos e colocou-as pra cima, no travesseiro atrás de sua cabeça e começou a beijá-la novamente.
Emily não conseguiu evitar que suas pernas se enlaçassem nos quadris dele, Daniel soltou suas mãos e balançou suavemente seus quadris contra ela, Emily deixou escapar um gemido que o estimulou ainda mais, ela sussurrava seu nome enquanto ele beijava e mordiscava seu pescoço.
 Ela passava as mãos em suas costas, e em certo momento cravou as unhas e começou a arranhá-lo suavemente, ele soltou um grunhido de aprovação em seu ouvido que a deixou arrepiada, quando a mão dele chegou aos seus seios novamente ela começou a tremer levemente. A mão dele passou para seu centro e começou a fazer movimentos circulares, exercendo a pressão necessária para que seu corpo começasse ter espasmos, e no exato momento em que ela ia gritar, ele abafou com um beijo.
Após esse momento ele a abraçou e a beijou suavemente. Emily pegou seu rosto entre as mãos e fitou-o longamente.
— Eu acho que é melhor nós pararmos por aqui, porque senão eu não sei o que pode acontecer — ela sussurrou pausadamente, para dar ênfase à frase.
— Eu sei — ele respondeu com um sorriso malicioso. Ele começou a sair de cima dela e se sentar, só para colocá-la sentada em suas pernas, virada para si e enlaçou sua cintura. — Mas se é isso que você quer...
Emily não achou que aquela fosse a melhor forma de conversar sobre o assunto, sendo que estava só de calcinha e ele de cueca, e era também muito constrangedor mesmo depois de tudo aquilo que havia acontecido ela podia sentir seu rosto corando. E também naquela posição ela podia sentir que ele ainda estava excitado, o que não ajudava nem um pouco na sua situação, que não era muito diferente.
— Não é exatamente o que eu quero — ela sorriu timidamente enquanto cruzava os braços defensivamente para tapar seus seios — Mas... é muito cedo para fazermos isso... e você pode ficar pensando que eu sou... não sei, fácil, oferecida. E eu não acho que isso seja legal.
Ele tirou os braços dela da frente de seus seios e colocou-os ao redor de seu pescoço. Ele fez isso olhando fixamente em seus olhos e disse muito calmamente: — Primeiro; você não precisa ter vergonha. Você é linda Emily, e segundo; se você acha que é muito cedo, eu posso esperar — ele deu um sorriso doce — e terceiro; eu não ia pensar nada disso, é paranóia sua ficar sempre pensando no que os outros podem achar, você tem que fazer o que tem vontade... não especificamente isto, mas no geral.
— Eu sei que é, eu não era assim... mas eu tive que aprender a ser.
— Por quê? 
— Eu não quero falar sobre isso agora. — ela disse isso e se inclinou para deitar a cabeça no seu peito.
— Tudo bem — ele sussurrou e beijou o topo de sua cabeça.
— Obrigada — ela levantou a cabeça, pegou seu rosto nas mãos e deu-lhe um beijo. Ele enlaçou sua cintura com os braços e puxou-a mais para perto, eles ficaram só se beijando desse jeito até que ele soltou um gemido e falou:
— Acho que isso não ajuda muito na minha situação — ela riu e beijou-o mais uma vez, ele correspondeu, mas ela podia ver o quanto ele estava controlado.
— Tudo bem — ela deu um suspiro e se virou para pegar seu sutiã; depois de ter colocado ela se virou para ele novamente e o abraçou.
— Melhor assim?
— Não muito.
— Tudo bem — ela riu e se levantou. — Você tá com fome?
— Um pouco.
— Vou pedir algo. O que você quer?
— Qualquer coisa, pode ser uma pizza.
— Ta bom — ela pediu uma pizza e pegou sua roupa que estava jogada ao lado do sofá. Após ter se vestido ela passou a mão pelos cabelos e percebeu que estava uma bagunça. — Uau, olha o que você fez no meu cabelo, Danny.
— Ata, porque você falando assim até parece que ficou parada feito uma múmia. — ele riu enquanto colocava a bermuda.
— Para. — ela corou.
— Você fica um amor quando fica envergonhada. — ele disse e foi abraçá-la.
— Só quando fico envergonhada?
— Sim, só quando fica envergonhada — ele riu e beijou-a — Claro que não, sua boba. Você é um amor.
— Ta bom, agora vamos arrumar essas coisas. E você pode colocar a camiseta já.
         — Por quê? Vai ser mais fácil você resistir ao meu poder de sedução se eu colocá-la?
         — Claro. Porque sou eu que não consigo me controlar com você sem blusa em cima de mim — respondeu Emily com um sorriso provocador.
         — Golpe baixo — ele falou com um sorriso.
— Com certeza.
— Tudo bem, você venceu — dito isso ele colocou a camiseta.
[...]

Oi gente, isso aqui é um capítulo de um livro que eu meio que estou escrevendo desde 2010 rs. É bem juvenil e até um tanto inocente, mas acho que já dá pra acalmar os hormônios de vocês. Eu to meia dividida entre a falta de tempo e a preguiça com relação aos meus contos, posts e etc., então eu resolvi postar aqui um pedacinho dos meus escritos pessoais. Eu espero que vocês tenham gostado, se eu tiver um retorno positivo pode ser que eu venha a postar mais alguns trechos de vez em quando. E é isso, até mais galera. 

Por: Zaira Silva.

Um comentário:

  1. Sabia que ja tinha lido em algum lugar kkk adorei ter lido de novo :D

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