sábado, 25 de fevereiro de 2012

Conto: Salve meu Coração.





        Abri os olhos encarando o teto, e esfreguei o queixo com a barba por fazer. Olhei no relógio e já se passava das 14:00hrs da tarde. Sentei-me no colchão e olhei em minha volta. Meu minúsculo apartamento fedia a coisa podre, urina, mofo, e álcool. Uma mistura que causava um cheiro particularmente insuportável. Meu apartamento continha: uma poltrona marrom de couro esgarçada, encostada ao lado de uma geladeira, que não funcionava. Do outro lado um banheiro, que mal me cabia em pé, com um chuveiro gelado e uma privada entupida. Para dormir um colchão de casal com lençóis que não viam água a mais de três anos. Sem contar que eu não me lembrava da cor que um dia essas paredes já foram. Eram completamente cobertas por mofo.
        Dei um longo suspiro, lembrando-me de como minha vida entrou em um nível tão alto de miséria. Fechei os olhos, deixando minha mente viajar a pouco mais de três anos atrás.

Eu estava em Laguna Beach, jogado na areia da praia olhando o céu estrelado. Uma lua cheia destacava-se em meio a milhões de estrelas. O som das ondas chocando-se na areia era o único barulho ali. Ellie puxou-me para mais perto de si, e depositou um beijo nos meus lábios.
  -Oh. Tyler, isso é tão lindo. – ela sussurrou.
 -Nada é mais belo que você Ellie. As estrelas estão competindo entre si, para ver se conseguem brilhar mais que você. – falei encarando seus olhos cor de avelã. Passei a mão por uma mecha de seu cabelo loiro. – Mas elas não estão conseguindo.
  Ela sorriu, e o som de sua risada percorreu meu corpo como uma corrente elétrica. Suave e doce.
 -Você sempre sabe o que dizer, Tyler. – ela sorriu novamente.
 -Eu te amo, Ellie. – falei olhando fundo em seus olhos.
 Era a primeira vez que eu dizia que a amava. Sempre a amei, desde a primeira vez que a vi na faculdade. Começamos á namorar dois anos após termos nos conhecido. Fazia pouco mais de três meses que estávamos juntos, mas eu nunca havia dito que a amava. Talvez por covardia, ou medo.
-Eu também te amo Tyler. Sempre amei, e sempre vou amar. – seus olhos cor de avelã brilharam e tremeram, deixando escapar uma lágrima.
Virei-me de lado, para poder ver seu rosto melhor. Como ela era delicada. Sua pele branca e frágil, cabelos loiros ate a altura dos ombros, nariz fino e delicado, assim como sua boca. Tão linda. Eu a amava com toda a força que ainda restava em meu coração. Ellie era a única coisa me dava motivos para viver. Aos treze anos perdi meus pais em um acidente de avião. Fui criado pelo meu avô, que morreu pouco tempo depois que completei dezenove anos. Ellie foi quem segurou minhas mãos e me deu motivos para lutar e viver.
-Promete que nunca vai me abandonar? –sussurrei encarando-a.
 -Prometo. – ela sussurrou de volta e me puxou para mais um beijo.
**
Abri os olhos, meu rosto coberto pelo suor. Eu não poderia ficar imaginando essas coisas. Ellie estava morta. Ela me abandonou. Era isso que eu tinha que encarar. Levantei do colchão arrancando a bermuda que eu usava e entrei no banheiro. Liguei o chuveiro e a água gelada caiu sobre meu corpo. O cheiro ali dentro era insuportável, mas eu já havia me acostumado, e não me importava mais. Um tremor percorreu meu corpo, e deixei-me cair no chão ajoelhado. Eu não havia chorado desde que soube da morte da minha Ellie. Mas agora, lágrimas desesperadas jorravam dos meus olhos, e me faziam tremer de frio e desespero.
**
A lembrança da policia chegando a minha antiga casa, voltou com força total. Um policial bateu a porta, e a empregada veio me chamar na piscina. Eu lia o jornal estirado em uma toalha, deixando meu corpo ser evolvido pela luz do sol.
  -Sr. Smith? – falou Doroti e olhei para encara-la - Um policial está procurando pelo senhor.
 -Deve ser algum de meus clientes, que aprontou mais alguma coisa. – revirei os olhos. –     Pegue um roupão para mim Doroti, e peça que o policial aguarde na sala.
 Doroti já portava um roupão de algodão branco nas mãos, e me entregou. Peguei a toalha pra me secar suspirando de raiva. Desde que decidir seguir a carreira de Advogado, e assumir a empresa da família, eu nunca tinha folga. Nem mesmo em minha própria casa.  Mesmo se desligasse todos os telefones, alguém me encontrava. Passei a fita do roupão pela cintura, calcei os chinelos e fui em direção á sala.
O policial encarava a lareira, logo depois passou os olhos pelos quadros do antiquário do meu avô.
-Senhor? – chamei e o policial virou-se.
-Sr. Smith. – ele deu um longo suspiro. – Eu sinto muito...
 - Não se preocupe. Estou acostumado a ser interrompido nos dias de folga. Ossos do oficio. – dei de ombros.
O policial ficou em silêncio e encarou meu rosto. Eu queria que ele se apressasse. Eu tinha que ir resolver o problema do meu cliente, e sair da delegacia o mais rápido possível. Hoje eu pediria Ellie em casamento. Tinha feito reservas no restaurante predileto dela no centro de New York, contratei uma limusine para pega-la as 20:00hrs...
 -Sr. Smith, eu não tenho ideia de como falar isso, mas... – ele interrompeu meus pensamentos. – A Srta. Ellie Owen sofreu um grave acidente...
-Ellie? Minha Ellie? – perguntei atordoado.
-Sim Sr. Smith. A Srta. Ellie Owen sofreu um acidente de carro, na rodovia principal. – ele pigarreou e me olhou com os olhos cheios de compaixão. – A Srta. Ellie Owen está morta.
**
Aquilo me atingiu como um soco no estômago. Não eu não podia voltar desse jeito ao passado. Não poderia permitir que eu afundasse ainda mais. Perdi tudo que eu e minha família havíamos conquistado. Perdi cada centavo em bebidas, jogos e prostitutas. Quando já não me restava mais nada troquei meu Mercedes, por esse lugar que eu chamava de casa. Sai do banheiro ainda tremendo. Vesti a ultima calça jeans limpa que me restava, uma camiseta preta e uma jaqueta de couro preta. Olhei-me no espelho, constatando que, Tyler Smith não existia mais. Ele dera lugar a um homem imundo, sem alma e sem vida. Peguei as chaves e sai do apartamento, tranquei a porta enquanto ouvia meus vizinhos discutindo.
Andei pelo Brooklyn sem saber exatamente para onde iria. Remexi os bolsos da jaqueta e das calças encontrando lá vinte e dois dólares. Entrei em um bar na esquina joguei todo dinheiro em cima do balcão e pedi que me desse em álcool. O rapaz me entregou três garrafas de bebida vagabunda que não tinham nem marca. Sai de lá e caminhei. Caminhei ate escurecer. Caminhei ate não restar um ponto de luz no céu. Não havia estrelas e a lua estava Minguante. Sentei-me em uma ponte e sacudi as pernas no ar, olhando para baixo, encarando o gramado no chão abaixo de mim. Deveria ter uns dez metros.
Entonei a primeira garrafa de cachaça, eu nem sentia mais a queimação e o ardor na garganta. Efeitos de mais de três anos bebendo, todos os dias enquanto estivesse acordado. Entonei a segunda garrafa, e mal conseguia encarar o gramado da ponte. Meus lábios retorceram em uma tentativa de sorriso. Atirei as duas garrafas vazias da ponte e endireitei-me. Abri a terceira e comecei a tomar. No ultimo gole eu já não era dono do meu corpo. Passei as mãos pelos meus cabelos negros emaranhados, olhei novamente para o chão onde a ponte me levaria. Fechei os olhos e com um longo suspiro pulei, deixando meu corpo flutuar para vale da morte.

**********Jasmine***********

Eu andava pelo quarto, ansiosa com um leve frio na barriga. Passei a mão novamente desamassando a barra do meu vestido. Pela primeira vez eu poderia ir visitar o mundo humano. Ajeitei meus cabelos, deixando-os cai como cascatas negras pelas minhas costas. Fui ate o espelho analisando se minha roupa era realmente adequada. Um vestido de seda lilás bordado com cristais, e sapatilhas igualmente lilás e bordadas. Analisei minhas asas por um longo momento. Elas erguiam-se nas minhas costas, longas com formato em “V”. Toda Fada possuía asas diferentes umas das outras, cada asa era única, todas com o mesmo formato, mas cores e desenhos diferentes. A minha tinha variados tons, um misto de azul, rosa, lilás e amarelo. De cores claras e suaves. Com desenhos em formas geométricas, que se complementavam e uniam-se como se fossem um só. Pequenos corações rosa davam um toque especial as minhas asas. Por isso eu era chamada de Fada Jasmine, a Fada do amor.  Agitei-as batendo com leveza e delicadeza. Sai alguns centímetros do chão e sorri. A visão das minhas asas batendo era tão gloriosa que poderia hipnotizar. Por isso nunca nos mostramos para os humanos. Nós andávamos durante a noite, invisíveis, para disfarçar a beleza deslumbrante que tínhamos. As fadas eram as coisas mais belas que poderiam existir na terra.
-Jasmine? Está pronta? – a voz de Arwen ecoou pelo meu quarto e virei-me pousando no chão.
-Oh. Claro Arwen. Estou pronta. – falei sorrindo, e ele me guiou para fora do quarto em direção a reunião de Elfos e Fadas.
Entramos na central das Fadas, e todas se sentavam na grama, como um auditório. Todas as asas curvavam-se para baixo, em sinal de respeito á Fada Mãe. Arwen sentou-se ao meu lado. Colocou sua lança no chão e me encarou profundamente.
-Esta ansiosa para ver os humanos Jasmine? – sua voz era calma e suave como musica.
-Claro como não estaria? – perguntei sorrindo.
Arwen me fitou e tocou minha mão com delicadeza. Seus olhos azuis faiscavam, ele suspirou e eu tirei minha mão. Arwen sempre foi apaixonado por mim, mas eu o via apenas como um bom amigo. Ele levou a mão ate seus cabelos loiros que caiam levemente na testa.
-Estou designado a ficar com você. Se isso não te incomodar é claro, Jasmine. – ele falou com a voz mais firme.
Quando eu ia responder o silêncio preencheu o local. A Fada Mãe apareceu, flutuando batendo suas asas brancas tão iluminadas que pareciam refletir a luz. Seus cabelos igualmente brancos voavam com o vento. Ela poderia ser mais uma de nossas irmãs, se ela não fosse a responsável pela criação das Fadas é claro. E pela morte delas também.
-Queridos filhos. Hoje vocês tem uma nova missão. – ela parou de voar, mas ainda flutuava. – devem ajudar o máximo de humanos que puderem, antes do amanhecer. Então se levantem e vão espalhar a paz.
Ela desapareceu. Fadas e Elfos formaram suas duplas e sumiram pelo portal. Respirei fundo quando Arwen segurou minha mão e sussurrou “Não me solte Jasmine”. Uma luz amarela tremeu a nossa frente. Mergulhamos nela e fechei os olhos, esperando alguma dor ou choque, mas o que senti foi cocegas na barriga.
-Pode abrir os olhos Jasmine. – Arwen falou rindo.
Abri os olhos e enfrentei a escuridão. Olhei ao redor encantada, estávamos em espécie de parque como Blyther havia me dito. Flores, árvores e grama se espalhavam, não eram belas como no nosso mundo. Em Enchanted World, tudo era mais vivo. Mais alegre e divino. Eu analisava cada detalhe, tocava em tudo que encontrava. Nós éramos invisíveis aos olhos humanos. Claro se nós quiséssemos aparecer voando para eles poderíamos, mas era proibido. Estritamente proibido. Ao longe vi um objeto enorme, de um material estranho. Deveria ser um prédio. Blyther disse que essas coisas eram feitas de concreto. Foi o que ela ouviu dizer. Bati minhas asas e voei para o objeto. Ouvi Arwen chamando meu nome, mas o ignorei.
Em um minuto eu estava no topo do objeto. Toquei-o, era áspero e gelado. Sem graça, sem serventia. Humanos, tão estranhos. Quando ia voltar para encontrar Arwen vi algo brilhando no chão. Aproximei-me rapidamente, e um homem estava caído com o corpo retorcido na grama. Levei à mão a boca assustada. Ele estava coberto de sangue, e seu corpo estava mole e gelado como o prédio de concreto. Toquei-o e percebi que ainda respirava, mesmo com dificuldade. Seguida por um forte impulso toquei sua testa e me concentrei. Envolvi o humano sobre minha manta de luz, minha energia e força passavam do meu corpo para o dele. Senti o corpo do humano se restaurando e o meu ficando fraco. Parei.

Ele resmungou e tentou se levantar. O humano ainda estava molenga, então passei o braço por sua cintura ajudando-o a levantar. Apoiando o peso do humano sobre meu corpo caminhei alguns metros, sem saber o que fazer. Tínhamos a missão de ajudar os humanos, mas passar sua “vida” para ele era arriscado demais. Se ficássemos fracas demais não poderíamos esconder nossas asas e muito menos voltar para Enchanted World. Assim exporíamos toda nossa raça, para os humanos e suas maquinas de pesquisa. A Fada Mãe nos havia alertado dessas maquinas. E disse que os humanos viviam em função de um papel verde. Uma ideia passou pela minha cabeça. Eu poderia ser destruída se colocasse a ideia em pratica, mas eu não poderia deixar o humano aqui para morrer. Respirei fundo algumas vezes. Fechei os olhos, e concentrei toda minha pouca energia em voltar para Enchanted World. Nada. O Humano tombou em cima de mim e meu nariz ardeu, com o cheiro forte de sua boca. Ajeitei-o e concentrei-me novamente.
O portal surgiu na minha frente, fraco e quase transparente. Mergulhei dentro dele rapidamente, antes que se apagasse, e mandei uma mensagem através do vento para Arwen, dizendo que fiquei cansada e voltei para o Enchanted World. A viagem foi mais demorada do que com Arwen, talvez por eu esta carregando um humano, ou por eu esta mais fraca. Quando surgimos em Enchanted World, meus olhos varreram rapidamente o local. Estava deserto, assim como imaginei. Nenhuma Fada ainda havia voltado da Terra. E as Fadas que não faziam a “viagem” já estavam recolhidas em seus aposentos. Tentei voar para não fazer barulho, mas o peso do humano e minha falta de energia, não ajudavam. Caminhei arrastando o humano, nossos passos eram pesados, e meu corpo estremecia de medo a cada passo que eu dava. Passamos pelos conjuntos de casas, todas feitas em madeira, com telhado de palha. Todas coloridas, com grandes jardins estendendo-se a sua volta. O céu em Enchanted World brilhava, tinha uma mistura de branco e azul que os humanos nunca poderiam presenciar na Terra. E durante a noite havia tantas estrelas no céu que era impossível se ver a escuridão. Tudo ali era colorido, belo, encantado.
Chegamos a minha casa, assim como as outras era feita em madeira com o teto de palha. Os móveis todos feitos em madeira artesanalmente. E havia flores por todo lado, tanto dentro quanto fora de casa. Coloquei o humano no sofá e tranquei a porta, como nunca havia feito em toda minha existência. Nossas casas ficavam abertas, somente Fadas e Elfos casados trancavam suas portas. Levei o humano para meu quarto, uma enorme cama, com lençóis de seda branca e um colchão tão macio quanto ás nuvens. Meu primeiro pensamento foi jogar o humano na cama, e lhe preparar um chá de ervas. Mas ao olhar o estado dele, decidi que precisava de um longo banho. Fui ate o banheiro e comecei a encher a banheira. Escondi minhas asas, sentindo minha energia voltando. Coloquei alguns sais minerais calmantes e cheirosos.  Voltei para o quarto e carreguei o humano. Ele resmungou algo sem sentindo me arrancando uma risadinha. Seus olhos se arregalaram.
-Onde eu estou? – a voz dele saiu rouca e cansada.
-Onde não deveria esta. – falei levando-o para o banheiro.
Toquei novamente sua testa, transmitindo mais um pouco de minha energia para ele.
-Acha que consegue tomar banho sozinho? – perguntei apreensiva.
-Não.
-Huuuum... Então eu te ajudo. – falei com a voz fraca.
Tirei toda sua roupa, e pretendia deixa-lo de ceroula, ou cueca como os humanos chamam. Até notar que ele não usava cueca. Seu membro estava exposto, e um grito abafado saiu da minha garganta. O Humano estava nu. Seu corpo era igual á de um Elfo. Assim como a Fada Mãe tinha nos explicado, nós éramos fisicamente iguais aos humanos. Só que muito mais belos, poderosos, mágicos e com orelhas pontiagudas. Eu tinha visto um Elfo nu á muito tempo atrás. Arwen. Nós fomos namorados por um tempo, fizemos amor (como havia dito somo como humanos), e íamos nos casar, pois não podemos fazer amor fora do casamento. Ou antes, do casamento, mas Arwen e eu quebramos essa regra. Mas eu percebi que o amava somente como amigo, e terminei nosso relacionamento. Arwen nunca me perdoou por essa traição, mesmo assim ainda erámos bons amigos. Eu ainda encarava o membro do humano. Desviei o olhar e ajudei-o a entrar na banheira quente. Ele relaxou rapidamente enquanto eu o esfregava. Lavei seu cabelo negro, fiz sua barba e logo percebi como sua boca era rosada e inchada. Ele mantinha os olhos fechados. Depois de terminar de banha-lo, lhe entreguei um roupão e o ajudei a deitar.
-Obrigada. – ele murmurou com um meio sorriso.
-De nada. – sussurrei de volta.
O humano se virou mergulhando em um sono profundo.

************Tyler************

Acordei atordoado. Eu não sabia onde estava. Sentei com um pulo na cama, minhas costas estalaram, meus braços tremeram e uma dor gritante cortou cada canto do meu corpo. Eu cheirava a ervas e flores, e o cheiro se mantinha por todo lado. Tudo era cheiroso demais para eu está em casa. Olhei ao redor. Eu deitava em uma cama macia com lençóis de seda branca, uma penteadeira cheia de frascos coloridos em um canto, no outro um guarda-roupa em madeira esculpido com desenhos de estrelas. Duas poltronas brancas parecendo marshmallow, paredes lilás bem suave. É, definitivamente eu não estava em casa.
Tentei me levantar, e um grunhido saiu da minha garganta.
-Ei, não faça isso.  Você ainda está muito machucado. Mas em mais alguns dias poderá voltar para casa. – falou uma voz tão doce que arrepiou cada centímetro do meu corpo.
-Quem é você? E onde eu estou? – perguntei encarando-a.
-Sabe cansei de responder essa pergunta. – ela sentou-se na poltrona de marshmallow, segurando uma xícara de chá. – Você me faz a mesma pergunta todos os dias.
Ela sorriu, exibindo uma fileira branca de dentes. Meu coração palpitou. Como ela era linda. Seus cabelos negros, com uma franja cobrindo-lhe a testa moldavam um rosto magico. Sua pele clara, bocas rosadas, olhos violeta, cabelos tão lisos e brilhosos. E Asas. Asas em tom de lilás, azul, rosa e amarelo. Suaves e delicados, com formas geométricas que se complementavam umas nas outras. Hipnotizantes. Ela tinha olhos violeta e asas. Ninguém tinha olhos violeta e asas. Ela percebendo que eu encarava suas asas, atônito, sorriu levantou-se e veio em minha direção.
-Tudo bem Tyler. Irei explicar novamente a situação. – ela sentou-se na beirada da cama.
Meus olhos percorreram seu corpo. Ela usava um vestido de seda rosa, com alcinhas finas, o vestido emoldurava seu corpo, exibindo sua cintura fina, seus seios fartos. Ela não usava sutiã e vi seu seio farto e firme através da seda, pude ver o contorno de seu mamilo. Senti minha boca encher-se de água, levei meus olhos ate suas pernas, lisas e perfeitas. Meu membro correspondeu a seu corpo imediatamente, e puxei o cobertor para escondê-lo.
-Então Tyler. Não se lembra de nada que já te contei durante essas quatro semanas? – perguntou ela em um tom doce.
-Quatro semanas? Eu estou aqui á quatro semanas? – perguntei assustado.
-Está. – ela deu de ombros. – Mas vai se recuperar logo. Tente se lembrar de tudo que te falei.
Ela me olhou com seus olhos violeta. Lentamente imagens surgiram na minha cabeça. Cenas de eu acordando atordoado e com dor. Jasmine vinha em minha direção, sentava-se ao meu lado tocava minha testa e eu sentia meu corpo relaxando. Ela me levando para o banheiro, tirando minha roupa e por duas vezes meu membro reagiu ao seu toque. Podia ver ela com vestidos de seda diferentes, rosa, vermelho, amarelo, azul, roxo, branco... E seus mamilos sempre sem sutiã, firmes me chamando. Jasmine sentava-se na cama e me alimentava, lia para mim, fazia curativos, riamos e conversávamos ate eu cair no sono profundo, e acordar novamente atordoado. Meu coração acelerou quando imagens e mais imagens do calor do seu toque invadindo meu corpo. Seu sorriso e o brilho dos seus olhos. Eu analisava cada detalhe do seu corpo e jeito. Ela era tão linda. Imagens de suas asas tomaram forma em minha mente. Jasmine me explicou que estávamos em Enchanted World. Um mundo encantado das fadas. E ela era uma Fada. A Fada do amor. Em nenhum momento isso me assustou, ou eu deixei de acreditar nela. Eu confiava nela. Por algum motivo ela me fazia suspirar o tempo todo, seu toque fazia meu corpo formigar, seu sorriso me enchia de alegria e quando estava perto dela meu estômago formigava. Jasmine era uma Fada, que tinha ido pela primeira vez a Terra, quando me encontrou, quase morto. Em um ato impensado me trouxe para seu mundo. Podendo ser destruída pela Fada Mãe. A Fada que criava e destruía as Fadas.
-Eu lembro de tudo. – falei ajeitando-me na cama.
-Fico feliz. Repeti muito essa estória. – ela suspirou.
-Desculpe. – falei sinceramente. – você esta se arriscando por mim. Por quê?
Ela abaixou os olhos. Como se pensasse o que iria dizer.

**********Jasmine***********

Ele me encarava enquanto meus olhos encaravam a cama. Como eu poderia responder que gostava dele? Que estava apaixonada? Por um humano? Que não conseguia mais imaginar minha casa e minha vida sem ele. Como falar isso? Como explicar que eu preferia ser destruída a deixa-lo partir?
-Por que esta de arriscando, Jasmine? – ele perguntou com a voz suave.
Cada imagem dos momentos que passamos junto preencheu minha mente. A forma terna que ele me encarava. Seu toque fazendo meu corpo se arrepiar, e o constante formigamento em meu estômago quando estávamos juntos. A forma como se aninhava em meu corpo. Seus olhos verdes, boca rosada, cabelos negros caindo levemente na testa. Tudo me encantava. Tyler era lindo. Não era perfeito como os Elfos. E isso me agradava ainda mais. Ele tinha algumas sardas em sua pele branca. Amava seu cheiro, seu sorriso, seu corpo, seu abdômen levemente definido, ombros largos. Eu amava seu corpo, cada detalhe...
-Você logo terá que ir embora. – sussurrei.
-Eu sei. – senti sua mão segurando a minha. – mas eu não quero ir. Não quero te deixar.
-Mas você não pode ficar. É proibido. Eu poderia ser destruída, e você também. – a segunda parte me incomodava mais que a primeira.
-Eu já sei disso também. Mas eu preciso de você. Eu lembro-me de tudo Jasmine. – ele falou encarando meus olhos – De cada sorriso seu, da forma que cuidou de mim. Sei que você passava sua “vida” para mim. Você ficava fraca e exausta. Mas o fazia de coração, sem ao menos conhecer-me. Sem saber quem eu era, ou de onde vim. Você se arriscou trazendo-me para cá. Eu não posso te deixar. Eu quero você.
Suas palavras me atingiram como um soco. Ele tinha que querer partir. Tyler estava tornando as coisas mais difíceis que já eram.
-Hoje á noite. Você já pode partir. Já esta melhor. – gaguejei.
-Não. Eu não vou te deixar. Eu era um homem sozinho, perdido, desgraçado. Não havia mais motivos para viver. Eu perdi tudo que um dia eu amei. Não tinha nada Jasmine. Eu achei que tinha encontrado o amor. Achei que era feliz. E perdi tudo. Perdi cada detalhe da minha vida. – ele falou deixando uma lagrima escapar dos olhos.
-Eu sei de tudo. – sussurrei- quando passo minha energia para você tenho acesso ao seu passado. Eu sinto muito.
-Mas eu não. Se tudo que passei, me trouxe ate você. Então, tudo valeu a pena, Jasmine. Você não curou só meu corpo, você curou minha mente, meu coração. Você me salvou. E não vou deixar você partir.
Suspirei. Tyler aproximou-se e me puxou para um beijo. Um beijo lento e suave. Que se intensificou. Sua boca tinha um gosto doce, sua língua encontrou a minha. Ele me puxou-me para mais perto. Suas mãos percorreram ao longo das minhas asas, tornando o beijo mais intenso. Tyler me abraçou mais forte, intensificando o beijo. Uma porta se fechando com um estrondo, o barulho ressoou por toda a casa. Com um salto eu já sabia o que viria a seguir. Alguém tinha nos visto. A Fada Mãe apareceria. Destruiria a mim e a Tyler sem hesitar.  Encarei Tyler. Ele não poderia morrer. Eu tinha que pensar em algo. Rápido.
-Ela esta vindo, a Fada Mãe. Ela vai nos destruir. – falei com um fiapo de voz.

                                               **************Tyler***************

Jasmine andava pelo quarto. Atordoada. Seu corpo tremia. Levantei da cama ainda sentindo dores nas costas. Mas isso não importava. Passei meus braços ao redor de Jasmine e a puxei para mais perto. Ela enterrou o rosto na minha nuca. E chorou, seu corpo estremecia. Passei a mão acariciando suas costas e suas Asas. A textura era como veludo, macia, delicada e firme. 
Ouvimos a porta ser aberta. Jasmine abraçou-me com mais força. Parecia uma despedida. Praguejei. Como eu poderia ser destinado a uma vida tão miserável? Quando eu achei que era feliz na Terra me tiraram tudo. Então encontrei a maior felicidade, em uma Fada, ela curou meu coração, me fez querer viver como nunca imaginei. E isso estava prestes a acabar. Eu não poderia permitir que tirassem Jasmine de mim.
-Então era verdade. – uma voz firme soou na porta do quarto. – Como ousou em fazer uma coisa dessas, Jasmine?
Uma mulher linda e com a expressão mais dura que já vi, flutuava ali no quarto. Suas Asas brancas, assim como seu cabelo e o longo vestido que usava. A fada Mãe. Era ela, assim como Jasmine havia me dito. Um homem com orelhas pontiagudas prostrava-se atrás da mulher. Nem Brad Pitt era páreo para o homem. Seus cabelos loiros, olhos azuis, corpo musculoso. Usava apenas calça de linho e camiseta verde. Estava descalço.
-Fada Mãe. Perdoe-me minha senhora. – Jasmine me soltou e ajoelhou-se.
Fiz o mesmo. Ajoelhei-me ao seu lado. Jasmine levou as mãos ao rosto, chorando e soluçando.
-Poupe-me de suas desculpas Jasmine. Levantem-se os dois. Acompanhem-me, vocês já sabem o que ira acontecer. – A Fada Mãe flutuava e suas asas mal se mexiam.
-Por favor, deixe-me explicar. – Jasmine implorou.
-Não tem explicação, para um insulto desses. Um humano Jasmine? Trouxe um humano? Qual a sua intenção? Destruir sua raça? – perguntou a Fada Mãe em um tom irônico.
-Não senhora. Nunca quis afronta-la. Nunca tive a intenção de ferir ninguém. A senhora conhece a verdade em meu coração. Sabe que não posso mentir para a senhora. Então me deixe falar. Eu imploro. – Jasmine secava as lágrimas tentando se controlar.
-Fale. – A Fada Mãe ordenou.
Jasmine indicou para que eu sentasse na cama. Obedeci, mesmo com a vontade de correr dali e puxa-la em meus braços.
-Quando fui a Terra, encontrei Tyler caído. Ele estava morrendo. Tentei ajuda-lo. Mas não era o suficiente, e eu me culparia para sempre se o deixasse morrer. Agi por impulso, trouxe-o para cá, eu só queria ajuda-lo. Depois o mandaria de volta. – a voz de Jasmine não passava de um sussurro – Mas eu fracassei, eu passei a depender dele, como ele dependia de mim. Apaixonei-me a cada dia. A cada gesto, sorriso, eu não podia deixa-lo.
O rapaz atrás de Jasmine praguejou.
-Cale-se Arwen. – ordenou a Fada Mãe. – Arwen foi me comunicar de sua traição. Mas eu não tinha ideia da gravidade do assunto. Você o ama Jasmine. – ela olhou em minha direção. – Fale, humano.
Jasmine me encarou, para que eu falasse. Respirei fundo e falei.
-Eu também a amo. – surpreendi-me como as palavras saiam sinceras. – Jasmine não me salvou apenas da morte física, mas da morte da minha alma. Ela me resgatou de um lugar, que eu estava desde os meus treze anos quando perdi meus pais. Antes eu achava que era feliz, por nunca ter apreciado a verdadeira felicidade, mas ao lado de Jasmine, eu sei o que é a felicidade. Jasmine salvou meu corpo, alma e coração. Eu a amo.
Imagens de toda minha vida foram arrancadas da minha cabeça, passando em uma velocidade estranha. Mas sem deixar escapar nenhum detalhe. A Fada Mãe flutuou em nossa direção. Sua expressão era mais suave. Ficou por um momento encarando Jasmine. O silêncio era ensurdecedor.
-Vocês precisam ser punidos. Mas é evidente o amor que surgiu entre vocês, existe um impasse aqui. – ela falou nos encarando.
-Puna-me, mas poupe Jasmine. – falei interrompendo os pensamentos da Fada Mãe.
-Está disposto a sacrificar-se por ela? – assenti – Muito nobre de sua parte. – ela sorriu. Flutuou por mais um momento e disse – Minha decisão foi tomada. Vocês podem ficar juntos, os dois irão morar aqui em Enchanted World, você se tornará um Elfo Tyler, se se aceitaram como Fada e Elfo eternos. Mas com uma condição: Nenhum dos dois irá voltar a ver a Terra novamente. Estão de acordo?
Jasmine concordou rapidamente, sem hesitar. Eu olhei incrédulo. Eu me tornaria um Elfo? Bem eu não tinha nada a perder não é mesmo? Assenti concordando com tudo que a Fada Mãe tinha imposto. Ela sorriu satisfeita.
-Mais uma coisa. Nenhuma palavra deve sair dessa casa. Ninguém deverá saber que isso aconteceu. Entenderam? Arwen? – todos nós assentimos no mesmo instante – Não quero que as Fadas achem que podem fazer o mesmo. Agora venha cá filho.
Ela me chamou e andei em sua direção cambaleante. A Fada Mãe me envolveu com suas longas Asas branca. Um clarão tomou conta do quarto e eu fechei os olhos. Uma corrente elétrica percorreu meu corpo, e senti-o sendo curado e limpo, as lembranças do meu sofrimento ficaram distorcidas. Como se tivessem existido em outra vida. Senti meu corpo estremecer, e a luz cessou. Abri os olhos. Eu usava uma calça de linho branca e camiseta azul. Meu corpo estava mais musculoso, mas eu ainda era eu. Ela entregou duas flores em minha mão, uma espécie que eu nunca havia visto. Duas flores cor de rosa, com um formato que lembravam uma estrela, com lindas pétalas sedosas. Uma luz ondulava ao redor das flores. A Fada Mãe sorriu satisfeita e desapareceu. Assim sem mais nem menos.
-Desculpem-me. Eu fiz o que era certo, fui criado para isso. Espero que entendam. E sejam felizes. – Arwen falou e deixou-nos sozinhos na NOSSA casa.

************Jasmine**********

Pulei nos braços de Tyler. O abracei com toda força que tinha. Não conseguia acreditar que a Fada Mãe havia permitido tal coisa. Estávamos juntos. Para sempre. Ele sorriu e me entregou as duas Melaio’s flor que simbolizava a união eterna de um Elfo e uma Fada. Sorri e depositei um beijo nos lábios de Tyler. Meu Elfo eterno.
-Gostei das suas orelhas. – falei sorrindo
Ele levou às mãos ate as orelhas, e soltou uma gargalhada. Elas estavam pontiagudas, assim como de todas as Fadas e Elfos. Ele era exatamente o mesmo Tyler. Exceto pelo corpo mais forte, orelhas pontiagudas e olhos mais verdes.
-Eu te amo, Jasmine. – sussurrou em meu ouvido e me puxou para um abraço.
-Eu também te amo, Tyler. – sussurrei de volta.
Ele me puxou para um beijo, sua boca estava urgente. Sedenta pela minha. Suas mãos percorreram minhas costas, e as pontas dos dedos tocaram minhas Asas. Soltei um suspiro de prazer e isso o estimulou. Com uma mão ele envolveu meus cabelos, segurando-me e aproximando ainda mais nossas bocas. Tyler desceu a outra mão por minha cintura, chegou ate meu bumbum e me aproximou do seu membro. Senti o seu membro já ereto tocando minha intimidade. Tyler tirou meu vestido e me deitou na cama, seus olhos brilharam quando viu meu corpo. Ele atirou sua camisa longe exibindo agora um abdômen bem definido. Mordi meu lábio inferior e massageei meu mamilo já rijo pronto para ser abocanhado por ele. Tyler beijou meus pés, foi subindo por minha perna, dando leves mordidas e chupões, por toda região. Quando chegou aos meus mamilos o abocanhou com vontade, sugou e deliciou-se fazendo movimentos circulares. Massageou o outro seio brincando com o mamilo que implorava para ser sugado também. Ele sugava o mamilo esquerdo e massageava o direito, enquanto eu arranhava suas costas e soltava gemidos abafados.
Tyler tirou minha calcinha exibindo minha intimidade. Ele separou minhas pernas, passou um dedo por ela totalmente molhada, pronta para recebê-lo. Introduziu um dedo, deslizando-o com facilidade, ele gemeu percebendo como minha intimidade, estava quente e pulsava. Tyler tirou o dedo de dentro de mim e abaixou-se encarando minha intimidade. Ele separou ainda mais minhas pernas e mordeu a parte interna da minha coxa, me fazendo soltar um grito de prazer. Tyler então abocanhou minha intimidade, sugando e lambendo-a com vontade. Eu gemia e me contorcia com tanto prazer. Senti meu corpo estremecer, mas eu queria prolongar aquele momento. Afastei-me de Tyler o joguei na cama. Arranquei suas calças e cueca branca, exibindo seu membro totalmente ereto. Massageei seu membro com vontade e Tyler urrou jogando a cabeça para trás. Levei-o para boca acomodando-o devagar por causa do tamanho. Fiz movimentos para cima e para baixo. Tyler estava em êxtase. 
Tirei a boca de seu membro, e subi em cima de Tyler, segurei firme seu membro e o introduzir dentro da minha intimidade. Gemi alto enquanto o membro acomodava-se em meu corpo. Comecei a cavalgar, subindo, descendo e rebolando com vontade. Tyler estocava cada vez mais rápido me fazendo pular e gritar. Massageei meus mamilos e mordi os lábios. Tyler me virou jogando-me na cama ficando por cima de mim, abocanhou meu mamilo e começou a suga-lo enquanto estocava seu membro dentro de mim. Agarrei suas costas, arranhando e apertando, tentando traze-lo para mais perto de mim. Nossos corpos suavam e um leve cheiro de jasmim irradiava. Tyler tentou me beija, mas era impossível com os movimentos que nós fazíamos, então eu o puxei e dava chupões e mordidas, em seus ombros e pescoço. Tyler acelerou me fazendo estremecer. Ele murmurou “Goza pra mim” e suas palavras me atingiram com força. Estremeci e gritei sentindo meu corpo amolecer, enquanto deixava o liquido escorrer no membro de Tyler. Minha intimidade apertou-se pulsando, Tyler estimulou-se ainda mais, e senti seu corpo se contraindo. Ele estocou mais rápido, e então o liquido dele se derramou dentro de mim. Deliciei-me com a sensação, e o puxei investindo ainda mais, rebolando com vontade. Novamente minhas pernas tremeram em outro orgasmo e derramei meu liquido junto com o de Tyler. Os dois misturando-se dentro de mim.
Tyler virou-se saindo de dentro de mim com relutância. Puxou-me para me aninhar em seu peito. Depositou um beijo doce em meus lábios, afastou a franja de minha testa e depositou um beijo ali. Ficamos deitados, ofegantes. Deliciando-nos com o momento, tão intimo de Fada e Elfo eternos.
-A única coisa ruim disso tudo, é que você nunca mais poderá ir a Terra. – Tyler falou depois de um momento.
-Eu não acho. – respondi sinceramente – Tudo que eu queria da Terra eu tenho em meus braços. Tenho mais do que imaginei, muito mais do que pedi. Tenho você, e nada mais importa.
- Eu te amo. – sussurramos juntos.
Tyler me aninhou ainda mais em seu corpo. Suspirei e imaginei que nada poderia ser mais perfeito. Ele levantou meu queixo depositando mais um longo beijo em meus lábios.   
    


            -Meel Ribeiro.

17 comentários:

  1. Eu sei que o conto ficou grande. Mas eu me empolgo. Desculpa D':

    Tentei diminuir, mas tudo era tão fundamental na estória :'(

    Enfim espero que tenham gostado "/ e deixem comentários please. :)

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  2. Que estória triste e linda. AMEI DEVERIA TER CONTINUAÇÃO!

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  3. Meeeeeeeeeel! vc escreve muito bem menina, parabéns adorei o conto. FODA!

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  4. AMEI MUITO PERFEITO

    MUITO PERFEITO

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  5. coitado do tyler, morri de dó dele, mas no fim tudo deu certo. \o/
    a paloma tem razão, vc escreve muito bem meel. quero mais contos \o/

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    1. Nha tadinho neh? bububububu :( mas agora ele ta feliz *OO* obrigada <3

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  6. que legal meel, amei o conto vadia linda *-* vc deveria escrever um livro já te disse isso u___u amei a ideia e tudo tudo *-*

    beijos piriguete <3

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    1. Como me ama u--u hahhahhaahahahah obrigada piriguete <3

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  7. Porra que perfeito. Que perfeitooooo

    QUE PERFEITOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

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  8. estou seguindo o blog meninas, parabéns pelo ótimo trabalho sucesso pra vocês

    e adorei o conto está muito perfeito, você escreve muito bem, agora vou conferir os outros posts beijos

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  9. Awwwwwwwww, que lindo!!!!!!!!!! Adorei, amg. Muito fofurinha. Sabe o que eu gostei bastante?????? O nome da flor, muito bonito ÇLSAJSKASÇLAJSAKLSASKLÇA~.
    Tá lindããão, viu? Parabéns <3

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    1. Awwwn amg KKKKKKKKKKKKKKK nome épico da flor <3 obrigadaa <3

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